É muito difícil amar desapegadamente, sem esperar um retorno.
É muito nobre amar alguém.
Amando, elevamo-nos e tornamos outra pessoa feliz.
No entanto, se o nosso amor for acompanhado do apego, ele nos fará sofrer.
O apego faz-nos tolher o outro, desejando submetê-lo à nossa vontade.
Se amarrarmos, ainda que mentalmente, a outra pessoa, desejando que ela seja da maneira que queremos, ela acabará por nos escapar.
Ainda que não nos escape literalmente, ela poderá começar a evitar-nos, a sair ou a voltar tarde, porque em casa não se sente à vontade.
A pessoa que possui amor-apego, não consegue receber a outra pessoa com alegria espontânea, sem restrições.
Mas aquela que possui o amor-despreendido, recebe a outra pessoa sempre carinhosamente, alegremente, com felicidade.
A pessoa que nutre o amor-apego, sente-se insegura, angustiada, insatisfeita e permanentemente receosa de perder a outra pessoa.
É por isso que é tão importante deixarmos o sentimento de apego.
Isto não significa tornarmo-nos indiferentes.
Significa ter o amor que doa, o amor despreendido, o que é muito diferente.
É muito difícil amar desapegadamente, sem esperar algo em troca.
Levamos, às vezes, a vida inteira para aprender o que é o amor sublime.
Portanto, não desesperes pelo facto de haver apego na tua mente.
Não deves, porém, resignar-te com isso.
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