Eu sou da opinião que todos os Hipermercados, Centros Comerciais e Grandes Superfícies Comerciais deviam estar abertas ao público todos os 7 dias da semana, 24 horas por dia e 365 dias por ano.
Se há um tipo de liberdade que todas as pessoas anseiam há vários anos é a possibilidade de satisfazerem as suas necessidades a qualquer hora do dia num qualquer espaço comercial e creio que a revolução mundial nos serviços terá que ocorrer de modo a satisfazerem-se tais aspirações.
É imprescindível existirem horários livres nas grandes superfícies de oferta de bens e serviços que satisfaçam em qualquer período de tempo a procura de qualquer consumidor.
Lamentavelmente, ainda se pretende fazer com que a opinião pública reduza este problema à discussão sobre se a abertura dos hipermercados e centros comerciais deve ser feita ou não durante todo o dia de domingo, sendo esta visão partilhada pela Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED).
É fundamental que qualquer Governo do mundo estabeleça a abertura das grandes superfícies comerciais durante todos os dias, à excepção das particularidades nacionais ou dos feriados tradicionais que cada país possa ter.
Os mínimos ou quaisquer condicionalismos legais de funcionamento e abertura ao público têm que ser banidos para sempre do nosso imaginário: Acredito que quando tal acontecer, a receptividade dos consumidores vai ser, com certeza, extremamente positiva.
Não pode haver restrições nos horários de abertura, antes deverá promover-se a completa liberalização dos serviços.
Por outro lado, a questão da possibilidade de alargamento da liberalização total na abertura para unidades comerciais com determinados metros quadrados, com situações particulares como lojas de conveniência ou áreas de serviço, é uma falsidade.
Se existir a liberalização mundial do horário de abertura, acabam-se, no sector público, com os procedimentos burocráticos dos organismos de controlo e fiscalização do Estado, e no sector privado, com os privilégios de determinados estatutos que actualmente são atribuídos a tais lojas ou áreas.
No sector sindical, esta liberalização constituiria um bom argumento dado que iria promover a criação de um número infindável de postos de trabalho, ao exigir a criação, no mínimo, de 3 equipas de turno permanentes, caso o horário de trabalho diário fosse de 8 horas, número que ultrapassaria largamente os empregos que poderiam ser extintos no pequeno comércio tradicional.
E não adianta aos empregadores convidarem os seus trabalhadores a ter nos pontos de vendas (físicos ou virtuais), petições dirigidas aos seus clientes para recolher as respectivas assinaturas, porque quem manda na mudança de uma economia são os consumidores e nunca a utilização dos trabalhadores deve ser utilizada como um mero instrumento para se alcançar aquele fim supremo de liberdade de consumo.
Para a liberalização total dos horários se concretizar apenas terá que se colocar em prática o seguinte princípio óbvio: «O comércio e os serviços devem estar abertos quando os consumidores estão disponíveis para comprar».
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