14 maio 2007

O Dilema dos Impostos

Todos os anos é sempre a mesma coisa: Stress, nervos, preocupações, irritações, falta de tempo, etc.

Mas a realidade é que nunca nos apetece perder tempo com o IRS.

Provavelmente porque existem 2 momentos da nossa vida aos quais não podemos fugir: À morte e aos impostos. E se um deles é inevitável, a nossa condição humana faz com que se adie sempre esta inevitabilidade, porque a outra é irreversível.

As pessoas que não gostam de perder tempo a fazer e a entregar a sua declaração anual é porque sabem, na sua maioria, que todos os meses já fazem as suas retenções na fonte e perdem automaticamente a paciência quando são obrigadas a cumprir mais uma imposição legal que se torna burocrática e repetitiva, ou até mesmo desnecessária.

Depois o problema (entre milhares de outros) é que os serviços fiscais nunca se encontram disponíveis quando os seus clientes querem tirar as suas dúvidas, e isto é particularmente visível quando estão a decorrer os prazos para a entrega das declarações anuais de rendimentos.

Pois é: Mas é que é neste mesmo período de tempo que as pessoas reais têm verdadeiras dúvidas reais e não em outros momentos quaisquer, porque em todos esses outros momentos as pessoas encontram-se simplesmente ocupadas em ... Viver!

O sistema está totalmente errado e todos sabemos disso ... mas pagamos e cumprimos à mesma porque somos todos uns bons samaritanos ... ou desenrascados (consoante a realidade em que cada um de nós se insere).

Com um sistema assim o que é que nos apetece fazer: Preencher o IRS ou ir às compras? E Porque é que eu sempre a impressão que prefiro as compras?

Este ano foi diferente. Diria mesmo único ... mas para pior: Um cenário, uma simulação desastrosa.

Foi o momento em que se deu a voltagem dos nervos, a reviravolta dos sentimentos, e tudo se transformou mesmo para pior. Não houve a possibilidade de aplicar qualquer teoria dos jogos, neste caso.

Em 2006 fiquei a perder em termos de planeamento fiscal porque não me permitiram o fazer simplesmente. Não houve alternativas, opções para beneficiar ou deduzir fosse o que fosse.

As informações sobre benefícios, deduções, vantagens, possibilidades e outras hipóteses deviam ser comunicadas a cada pessoa todos os anos, no início do ano, pela administração fiscal, de modo a ser possível durante cada ano gerir as poucas poupanças para tais benesseses.

Nunca um ano foi tão negro em termos de ficar a pagar às finanças.

Alías, como tudo isto não passa de uma enorme contradição surreal, eu fiquei completamente BRANCO.

BRANCO como o cal, o leite, a pomba, etc..

Mas o BRANCO também é sinal de esperança ...

Neste caso de uma sociedade ou de um mundo melhor.





























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