24 setembro 2007

Se pudesse ter sido uma outra pessoa também não seria igual a ti …

Se tivesse de nascer outra vez, escolheria algo totalmente diferente.

Gostaria de ter uma nacionalidade completamente distinta da que possuo nesta minha vida.

Talvez …

Uma pessoa normal igual a ti também não porque isso seria mudar apenas de corpo …

A única coisa que em mim não muda é o meu passado: A memória do meu passado humano. O passado costuma ser estável. Está sempre lá, belo ou terrível, e lá ficará para sempre.”

Existem pessoas que revelam, desde muito cedo, um enorme talento para a desventura. A infelicidade atinge-os como uma pedrada, dia sim, dia não, e eles recebem-na com um suspiro conformado. Outras há, pelo contrário, com uma estranha propensão para a felicidade. Estas são atraídas pelo azul, aquelas pela embriaguez dos abismos. Há pessoas destinadas a sonhar (algumas são bem pagas para isso); há pessoas nascidas para trabalhar, práticas e concretas e incansáveis, e há pessoas com jeito de rio, que vão da nascente à foz sem quase nunca abandonarem o leito.”.

Fonte:


Livro “O Vendedor de Passados” de José Eduardo Agualusa.


http://recantodasletras.uol.com.br/resenhasdelivros/227069

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