01 junho 2007

A "Super-Mulher" do Século XXI.

Disputa o lugar de topo com os homens.

Aposta na carreira e tem o primeiro filho depois dos 30 anos.

Consegue gerir com êxito carreira, filhos e as tarefas domésticas.

Uma nova mulher surgiu na viragem do século. As suas prioridades são diferentes: dinheiro, sucesso, poder. Só depois vêm o amor e a constituição de uma família. Sai de casa dos pais para viver sozinha, investe na carreira e tem o primeiro filho depois dos 30 anos. Estas são algumas das conclusão do estudo «O que as Mulheres Querem», realizado pela agência de publicidade Publicis, apresentado esta terça-feira.

A mulher do século XXI é a «Super-Mulher». «Isto não quer dizer que queira fazer tudo ao mesmo tempo. Mas quer atingir a perfeição naquilo que se propõe fazer», explica Susana Medeiros, directora de planeamento estratégico da Publicis. Mesmo assim, consegue gerir com êxito carreira, filhos e as tarefas domésticas.

A mulher moderna é ambiciosa, auto confiante, individualista e intuitiva. Na vida profissional, ambiciona os lugares de topo e de responsabilidade, disputando-os com os homens. E sem sentimentos de culpa.

A mulher moderna no mundo do trabalho

Para poderem vingar no mercado de emprego, as mulheres perceberam que tinham de apostar na educação. Prova disso é o facto de, em 2003/2004, 56 por cento dos alunos inscritos em cursos superiores terem sido mulheres; 46 por cento dos doutorados portugueses serem mulheres e 50,7 por cento ser a percentagem de mulheres pós-graduadas em Portugal, ao passo que na Europa a média é 39,6 por cento.

Não apostam na educação apenas por investimento profissional, «mas também para enriquecimento pessoal», explica Susana Medeiros.

Juntando à educação, as mulheres têm como mais valia para vingarem no mercado de trabalho o facto de combinarem características masculinas como a iniciativa, a coragem e a determinação, com a sensibilidade, a intuição e a cooperação.

A «Super-Mulher» e a família

A aposta da mulher moderna numa carreira profissional paralela à vida familiar, faz com que tenha uma vivência mais individualista. Normalmente, opta por viver sozinha, ter filhos mais tarde e ter poder no interior da relação conjugal, ao passar a contribuir financeiramente para o orçamento comum.

Aliás, as portuguesas hoje em dia têm o primeiro filho entre os 30 e os 39 anos.

As «fadas do lar» modernas

Mas nem todas as mulheres estão dispostas a enfrentar a mesma realidade. Um novo fenómeno surgiu: «As fadas do lar modernas». São mulheres que «regressam» ao lar, deixando para trás uma carreira de sucesso.

São mulheres profissionalmente bem sucedidas, com níveis de educação superiores e que atingiram lugares de topo.

Muitas delas são mães executivas que, apercebendo-se de terem deixado «passar ao lado» a infância dos filhos, querem agora acompanhá-los na adolescência. Assumem o papel único de mãe e de dona de casa e optam por um estilo de vida com mais tempo, menos stress e mais prazer.

O estudo «O Que as Mulheres Querem», levado a cabo pela Publicis Portugal, baseia-se numa análise dos meios de comunicação de massas, nomeadamente Imprensa, e resulta da recolha e sistematização dos conteúdos editoriais de centenas de artigos, publicados entre 2004 e 2005.

Mulheres querem sexo sem tabus

Vive no século XXI e tem um comportamento cada vez mais próximo do homem.

É adepta do sexo casual, é tão infiel quanto ele e é quem mais frequenta sex-shops.

Clubes de striptease passaram a fazer parte do roteiro.

A mulher do século XXI tem um comportamento cada vez mais masculino: é sexualmente agressiva e quer satisfazer os seus desejos sem a «obrigação» da paixão ou do relacionamento.

O sexo casual, sem compromisso, passou a ser uma realidade para a mulher moderna, que já não é passiva em assuntos de cama.

Esta é uma das conclusão do estudo «O Que as Mulheres Querem», realizado pela agência de publicidade Publicis, que revela que as mulheres estão a assumir os papéis tradicionalmente reservados aos homens e a definir como objectivos prioritários, a conquista de sucesso, amor e dinheiro.

Aliás, as mulheres portuguesas representam 60 a 80 por cento dos clientes das sex-shops e o número de mulheres que frequentam clubes de striptease aumentou muito nos últimos anos.

A mudança de atitude em relação ao sexo levou a que a mulher se tornasse quase tão infiel como o homem. É infiel para melhorar a sua auto-estima, sentir-se mais bonita, mais poderosa e mais capaz de seduzir. Hoje em dia, a infidelidade envolve 24 por cento das mulheres contra 39 por cento dos homens.

As mulheres do século XXI estão determinadas em mostrar que são tão boas, ou melhores, do que os homens nas profissões tradicionalmente masculinas e vão «invadindo» os territórios que eles consideram habitualmente como seus, das profissões à politica, do futebol ao sexo.

Tempo, um bem precioso

O tempo é, actualmente, um dos «bens» mais preciosos na vida de uma mulher, porque se torna cada vez mais raro. No entanto, apesar de terem uma carreira e estarem tanto tempo fora de casa como os maridos, é sobre elas que recai a maior responsabilidade de cuidar dos filhos e gerir as tarefas domésticas.

Em média, uma mulher gasta cerca de oito horas por semana a cuidar dos filhos, enquanto que os homens apenas gastam três horas com essa função. Já as tarefas domésticas ocupam cerca de quatro horas e meia por dia às mulheres, enquanto que os homens despendem apenas uma hora e 15 minutos nessas tarefas.

No entanto, de acordo com um estudo realizado em Portugal, citado pela Publicis, 78 por cento das mulheres considera que a sua situação, no que concerne à divisão das tarefas domésticas é justa ou muito justa. Apenas as mulheres com níveis de escolaridade superiores avaliaram esta situação como injusta.

Com pouco tempo disponível, a mulher actual está sedenta de formas que a ajudem a rentabilizá-lo. Como tal, são cada vez mais as mulheres que encomendam comida pelo telefone e o mercado de congelados nacional apresenta já um crescimento superior à média da União Europeia.

A mulher moderna e a Internet

Com tantos constrangimentos de tempo, a mulher do século XXI acaba por encontrar na Internet uma aliada de força: pode fazer compras com um simples click, acompanhar os filhos nas creches através sistemas de vídeo-vigilância via net, ver montras on-line e pôr a conversa em dia com as amigas.

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