Como um simples rio transforma a qualidade de vida de todos aqueles que o respeitam.

A presente empreitada de Construção dos Edifícios Sede da Agência Europeia de Segurança Marítima e Observatório Europeu de Droga e Toxicodependência e Recuperação do Edifício do Relógio tem como autor o Arquitecto Manuel Tainha.

A Sede da Agência Europeia de Segurança Marítima, irá situar-se nos terrenos da Ribeira das Naus, no Cais do Sodré.

O conjunto das instalações das sedes da Agência Europeia e do Observatório, é composto por três edificações distintas, que formam uma praça central, voltada para o rio Tejo, e cuja solução visa contribuir para a recuperação e valorização desta frente ribeirinha.

Sob esta praça, será construído um piso que albergará um parque de estacionamento comum, com uma capacidade total para 218 lugares, bem como alguns serviços das Sedes da AESM, CIEJE e parte do Auditório. O acesso ao estacionamento será realizado por uma via paralela ao rio, localizada a sul do conjunto, que estabelece a ligação com o Largo do Jardim Roque Gameiro.

Pessoalmente, considero que a decisão de construção destas infraestruturas naquela zona do Cais do Sodré foi completamente insensata, despropositada e irrealista, uma vez que esconde uma das vistas mais lindas que se poderia obter do Rio lisboeta.

Todo o complexo de betão impede qualquer pessoa (nacional ou estrangeira) de desfrutar na sua plenitude o prazer que obteria de visualizar o rio e todo o seu enquadramento a partir daquele local.

É com muita tristeza e mágoa ver a margem perto do rio em Lisboa volta a ser invadida de betão em vez de se restituir a paisagem natural em todo aquele pedaço de terra que envolve as águas calmas do Tejo.