24 agosto 2007

O Estado Burocrático da Saúde e a Solução Ideal que Sentimos.

A Carta dos Direitos de Acesso visa garantir a prestação dos cuidados de saúde pelo Serviço Nacional de Saúde e pelas entidades convencionadas em tempo considerado clinicamente aceitável para a condição de saúde de cada utente, nos termos da presente lei, ao definir:

a) Os tempos máximos de resposta garantidos, e;
b) O direito dos utentes à informação sobre esses tempos.

O Ministério da Saúde pretende utopicamente estabelecer os tempos máximos de resposta garantidos para todo o tipo de prestações sem carácter de urgência, como se isso algum dia fosse possível, seja para os serviços urgentes ou normais …

O problema não é determinar burocraticamente tal tempo, mas sim agir rapidamente.

Mas, valha-nos as preces dirigidas ao Santo Milagreiro da Saúde porque o que todos queremos é que quando entrarmos de urgência num destes dias num qualquer estabelecimento do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente em ambulatório dos centros de saúde, cuidados domiciliários, consultas externas hospitalares e/ou meios complementares de diagnóstico e terapêutica e cirurgia programada, possamos ficar livres da doença o mais rapidamente possível e dizer adeus às maleitas, sem ter que esperar longas horas a sofrer terrivelmente das dores que a doença naquele momento nos poderá infligir …

E qual será o utente, na condição sempre de doente, que estará preocupado em perder o seu tempo a exercer o direito de reclamar para a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) os defeitos, as intermináveis esperas, os erros hospitalares e outros problemas burocráticos que são da responsabilidade dos seus dirigentes em os detectar previamente e os resolver e para tal é que são pagos multimilionariamente, quando, no momento em que se entra num estabelecimento do Serviço Nacional de Saúde, o que se quer realmente é ver-se livre rapidamente da doença e ser atendido num ápice pelo médico, ir buscar os medicamentos à farmácia, a qual deveria estar localizada no seu interior, e voltar num instantinho para casa, de preferência se o hospital oferecesse também esse serviço de uma forma gratuita.

Assim é que se viveria muito melhor, não achas?

Ah, e já agora … se os problemas da e na saúde existem e teimam em persistir e mesmo que passe a existir um sistema de reclamações sobre mais problemas que continuam teimosamente a ser colocados às pessoas, eu legitimamente pergunto: Afinal para que é que existe um Ministro e tantos corpos dirigentes altamente remunerados para supostamente resolver os problemas ligados à nossa Saúde se a verdadeira doença do sistema ninguém a trata?

O autor do blog


Fonte inspiradora:
Lei n.º 41/2007, de 24 / 08 - Carta dos Direitos de Acesso aos Cuidados de Saúde pelos utentes do Serviço Nacional de Saúde.
DR 163, Série I, Assembleia da República.
http://dre.pt/pdf1sdip/2007/08/16300/0566405665.PDF

Sem comentários:

Enviar um comentário

Agradeço os seus comentários / Thank you for your comments.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.