12 agosto 2008

As diferenças óbvias entre pobres e ricos.

Numa escola da capital, onde há alunos de várias camadas sociais, durante uma aula de Português, a professora perguntou: Qual o significado da palavra ÓBVIO

Cátia Vanessa, uma das alunas mais aplicadas da turma, sempre muito bem vestida, ar de menina bem, respondeu: Senhora professora, hoje acordei bem cedo, ao nascer do sol, depois de uma óptima noite de sono no conforto do meu quarto. Desci a enorme escadaria da minha vivenda e fui à copa onde tomei o pequeno-almoço. Depois de me deliciar com as mais apetitosas iguarias fui até à janela que dá para o jardim. Vi a porta da garagem aberta e lá se encontrava guardado o Ferrari do meu pai. Pensei cá com os meus botões: É ÓBVIO que o papá foi trabalhar no Mercedes.

Luis Cláudio, aluno de família classe média, não quis ficar atrás e disse: Professora, hoje não dormi nada bem porque o meu colchão é um bocado duro, mas apesar disso ainda consegui dormir. Tinha ligado o despertador e por isso acordei a horas. Levantei-me cheio de sono, comi um pão torrado com manteiga e tomei café com leite. Quando sai para a escola vi o Fiat UNO do meu pai parado na garagem. Disse cá pra comigo: 'É ÓBVIO que o pai não devia ter gasolina e foi trabalhar de autocarro'.

Embalado na conversa, Geofredo Motumba Júnior, um negro dos arredores de Lisboa, também quis responder: Féssora, hoje eu quasi num dormiu porqui houve cunfusão lá nos meu rua, com tiro e tudo. Só acordei di manhá porque estava a esmorrer di fome, mas num havia nada pra comer lá nos casa. Espreitei pela janela e viu os minha vó vistido cum os camisola dus Sporting e cos jornal dibaixo dus braço e aí eu pensou: 'É ÓBVIO qui vai cágá. Num sabi ler.

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