08 junho 2008

O melhor momento para sentir-me livre neste país.

Neste último Sábado, dia 08 / 06 / 2008, ao final da tarde, experimentei uma das melhores sensações no que respeita a uma óptima qualidade de vida em ambiente urbano.

Andava a conduzir pelas ruas da cidade e reparei como não existia tráfego, filas de trânsito, antes somente ruas vazias, estradas livres à circulação, rotundas com prioridade total para entrar e sair, uma calma maravilhosa no ambiente urbano.

Fez-me lembrar que estava a percorrer ruas algarvias das cidades calmas à beira mar, sem stress, com a mais natural das calmas pela estrada fora.

Depois fui ao supermercado e encontrei o paraíso: Um parque de estacionamento para o carro totalmente disponível com várias vagas para estacionar, inclusive com preferência para o colocar perto da entrada, com carrinhos de compra à disposição devidamente arrumados.

Dentro do supermercado respirava-se um espaço Zen, tranquilo, cheio de serenidade e paz, com corredores vazios, com pouquíssimos clientes, nada de barafundas como aquelas que são tão habituais aos fins-de-semana, as caixas praticamente sem filas de espera prontas para atenderem imediatamente o cliente.

Como é formidável ir às compras quando está a dar bola na televisão.


A minha selecção seria eu poder escolher este tipo de vida todos os dias, e não me importava nada que na zona urbana onde moro toda a gente estivesse ou fosse para casa ver futebol, quando eu precisasse, por exemplo, de ir à rua, fazer compras ou dar um passeio.

Quem me dera que o país parasse todos os dias assim sempre que eu precisasse de ir às compras.

A única coisa que eu ganhei nesse dia com o futebol foi, de facto, conseguir respirar ar puro nas ruas, deslocar-me de um lado para o outro sem restrições ou obstáculos, ou mesmo empecilhos, ou ter que me cruzar com pessoas parvas, sentir a sensação de liberdade, de circulação, de fuga, de escapadela, porque do que dizem que o país ganhou nesse dia foi ter, com certeza, uma pessoa feliz de sua naturalidade como eu.

A partir de hoje, quando estiver previsto o início de um jogo de futebol na televisão, vou optar por ir para a rua, vou-me sentir novamente livre, vou respirar ar puro, vou viajar pelas estradas desocupadas, vou fazer compras sem percalços, vou conduzir sem pessoas stressadas por todos os lados, vou sentir o prazer de circular à vontade, vou poder caminhar pelos espaços comerciais à vontade, vou-me sentir livre e só regressarei a casa um pouco antes desse jogo quando o mesmo estiver quase a terminar porque eu quero que a minha vida não seja um jogo mas sim que tenha a possibilidade de a desfrutar daquilo que nela existe de mais belo que é a sua realidade.

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