TURISMO Todos os anos, o rio Torne empresta as suas águas geladas para construir o Hotel do Gelo, um monumento à paz e ao amor, que abre portas este mês e começa a derreter-se lá para Abril |
Derreter o gelo na Suécia |
Por Edite Dias |
Jukkasjarvi. Custa a dizer, e a lá chegar, mas há uns quantos privilegiados no mundo dispostos a quase tudo para passar umas noites neste vilarejo a 200 quilómetros do círculo polar árctico, na Suécia. E não, não é para tentar encontrar o Pai Natal. |
Todos os anos, o rio Torne empresta as suas águas geladas para construir o Hotel do Gelo, um monumento à paz e ao amor, que abre portas em Dezembro e se começa a derreter em Abril quando o sol ameaça aparecer algumas horas durante o dia.
Durante anos este destino escondido na neve apresentava-se de cara lavada no Verão para aquilo que prometiam ser umas férias radicais no gelo e na corrente do rio, mas em 1990 um artista francês foi convidado a apresentar os seus trabalhos num iglo especialmente criado para o efeito. Os 60 metros quadrados serviriam de abrigo pouco tempo depois a um grupo de mochileiros que descobririam o primeiro projecto de Hotel de Gelo.
Este ano, o IceHotel apresenta-se pela 18.ª vez ao mundo, com um figurino naturalmente diferente. Todos os anos artistas são convidados a desenhar partes do hotel e a construir mobiliário, em gelo naturalmente, para as diferentes suites do complexo.
À espera dos aventureiros e encalorados estão mantas e sacos-cama, além de botas e gorros apropriados à noite inesquecível. A temperatura normal dentro do hotel é de cinco graus negativos, mas se cá fora os termómetros baixarem dos 30 negativos, lá dentro o ambiente pode refrescar um pouco mais.
Nada, porém, que a sauna matinal não faça esquecer, bem como o pequeno-almoço prometido depois da noite passada na cama de gelo.
O sucesso é tal que os donos construíram também uma capela, pois foram já muitos que trocaram Las Vegas pelo gelo da Lapónia.
Claro que as excentricidades têm um preço e, mesmo sem contar com as viagens, o melhor é preparar um pé-de-meia jeitoso.
Para quem tem veia artística mais acentuada, a Art Suite custa cerca de 300 euros por pessoa, em quarto duplo. Para os solitários, o preço duplica.
Mas as estrelas podem também ficar à mão dos mais modestos, a partir de 360 euros, em single, nos quartos mais simples.
Um pormenor: as casas de banho são comuns, num anexo ao lado do hotel. Mas quentinhas.
Aventure-se e guarde na memória tudo o que puder pois dentro de meses tudo o que viu desaparecerá da mesma forma que nasceu. Nas águas do rio Torne.
Fonte:
http://www.abola.pt/sexta/sexta.aspx
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