19 dezembro 2007

O Amor está acima de qualquer Hedonismo e do seu Antídoto.

A frase que coloquei no meu blog, concretamente no post:

http://mulheres-versus-homens.blogspot.com/2007/12/o-amor-o-maior-presente-que-podemos-dar.html

e que se intitula “O amor é o maior presente que podemos dar a nós e aos outros.” tem um alcance fora da minha compreensão, mas é deveras interessante, tanto mais que não é da minha autoria.

Pressupõe-se que a primeira parte da frase refira-se ao hedonismo, que é uma teoria ou doutrina filosófico-moral, concebida na Grécia Antiga, que defende o prazer individual e imediato como o supremo bem da vida humana.

A segunda parte da frase fala do “antídoto” do hedonismo exacerbado no fanatismo que determinadas pessoas depositam nelas próprias que, muitas das vezes, conduz a um egoísmo cego pela conquista permanente do seu bem-estar pessoal. Este “antídoto” desperta, em cada um de nós, valores mais elevados para quem compreende o significado da vida em comum, nomeadamente da partilha com o(a) parceiro(a), ou, da interacção do “eu” (indivíduo) no “todo” (sociedade), e vice-versa.

Esta frase revela uma das maiores contradições da vida, mas identifica o amor como o elemento aglutinador de posturas completamente diferentes na vida para se alcançar um objectivo comum que norteia a atitude de cada uma daquelas posturas e que resume à felicidade global, entendida esta como a súmula da felicidade individual e da felicidade colectiva.

Mas estou cada vez mais a achar que o importante é sermos felizes connosco próprios e com todas as restantes pessoas que pretendem igualmente atingir ou que se sacrificam para alcançar a felicidade, assumindo a humildade de percorrer conjuntamente aquele caminho longo com alguém por perto que pretenda assimilar esse sentimento interior tão nobre, somente alcançável quando existe sintonia entre os seres.

Vivermos com alguém que nos traz felicidade, não é suficiente.

É preciso viver de modo a dar igualmente felicidade a quem nos acompanha.

Para que seja possível tornar os outros felizes, e ao mesmo tempo encontrarmos a felicidade interior, talvez a única resposta possa ser encontrada no amor, mas esta suposição, incompreensivelmente, leva-me a desconfiar que a sociedade em pleno findar de ano, em 2007, ainda não esteja preparada civilizacionalmente para compreender o significado, a importância, a necessidade e as consequências em todas as áreas da vida desta descoberta que, pelo menos, para mim, é tão evidente.

E acredito verdadeiramente que a próxima revelação de um dos maiores segredos do universo é ainda compreender que, após esta fase de reconciliação com o amor nas nossas vidas, não existirá qualquer dúvida ou desconfiança sobre o que as mulheres pensam dos homens ou o que os homens pensam das mulheres.

O autor do blog

3 comentários:

  1. Eu não penso que o hedonismo seja um mau caminho, não está escrito em lado nenhum que para alcançarmos o prazer, temos de passar por cima dos outros. o altruísmo é o cúmulo do egoísmo, porque se consegue sempre beneficiar om ele, mesmo que a intenção inicial fosse apenas ajudar os outros. Procurar o nosso prazer imediato pode muito bem passar primeiro por fazer felizes as pessoas à nossa volta.

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  2. Boa noite, Carpe Vitam,

    Agradeço-lhe imenso o seu comentário crítico relativamente à matéria retratada naquele meu post.

    É sempre bom colher um feedback do qual resulta o conhecimento acerca da opinião de outra pessoa que nos faz reflectir sobre determinados assuntos que no nosso dia-a-dia normalmente não nos damos conta da sua importância.

    O autor do blog

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  3. Boa noite, não é preciso agradecer, está aqui um blog com um título sugestivo e uma miscelânea de assuntos que me vai dar prazer desbravar. e já sei que sempre que quiser, posso semear umas palavrinhas. até mais!

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