21 dezembro 2008

Uma terceira crónica do Amor.

Querido Pai Natal,

Eu só queria, se pudesses, receber uma prenda neste Natal de 2008.

Gostava mesmo muito que mandasses todos os políticos e as políticas do meu país para uma quinta de porcos, para se dedicarem à suinicultura, porque eles merecem uma vida melhor e mais adequada aos seus perfis.

De facto as pessoas que conheço já estão todas fartas de serem tratadas como porcos e terem as suas vidas transformadas em merda, algo que os porcos adoram e que os políticos e as políticas do meu país sabem dar e em grandes quantidades.

A partir de 1 de Janeiro de 2009, gostava de ver todos os políticos e as políticas do meu país a rasparem a merda dos porcos nas suas pocilgas que existem na quinta que tu lhes vai oferecer para passarem a morar.

Agradecia-te, Pai Natal, que desses a todos os políticos e as políticas do meu país muitos porcos que é para terem trabalho para toda a vida, ainda que eles no Parlamento façam leis para exterminar os empregos das outras pessoas. Enfim, perdoar é uma das características da minha religião católica e por isso acho que todos os políticos e as políticas do meu país devem merecer trabalhar, pelo menos, até aos 75 anos, nas pocilgas imundas e mal cheirosas dos porcos, e que venham com esse cheiro todos os dias para casa quando regressem do seu trabalho na quinta, tal como eu já não me livro do empréstimo do crédito à habitação que contrai para os próximos 30 anos.

Pai Natal, dá-lhes a possibilidade de terem algum lucro ao final de cada mês, mas somente para que todos os políticos e as políticas do meu país possam pagar o gás, a electricidade, a água, a quota da Associação de Suinicultores, os seguros (de saúde, de trabalho, da casa, da quinta, dos tractores e alfaias agrícolas, tanto deles como dos porcos), o empréstimo da quinta dos porcos, os esgotos municipais, os restantes serviços municipalizados, os impostos da actividade profissional, a televisão por cabo, a Internet da quinta, o telemóvel lá da quinta, e as quotas sindicais e das restantes associações profissionais que deixaram de exercer, a fim de lhes sobre apenas para comerem, alimentarem os porcos e não saírem da quinta.

Este é o gesto de amor que quero que tu me dês, Pai Natal, e como podes constatar nem é para mim.

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