09 novembro 2007

Porque é que os homens não percebem que as mulheres nunca escolhem a primeira peça de toillette para sairem à noite?


A primeira prova de roupa de uma mulher é sempre um pretexto para captar a atenção de um homem, para causar a primeira impressão num homem, para ver a sua reacção, para a mulher analisar como é que o homem se sente ao vê-la com um peça de vestuário que à partida não tem a certeza de ser aquela a mais adequada para a saída à noite ...

E vem sempre a pergunta: "O que achas, amor? Estou bem assim? Gostas de me ver com este vestidinho? A cor condiz com ...?", sem que, no fundo, queira saber verdadeiramente a resposta e sabendo que a resposta será sempre a mesma de sempre para conseguir um bom pretexto para se despir novamente e captar ainda mais a atenção do homem.

Agora é o momento da mulher se sentir motivada para ousar mais um bocadinho na toillette e é tentada a cometer um pequeno atrevimento na escolha final para a qual já sabe que o homem quando a vir nesta segunda vez não terá quaisquer palavras a não ser limitar-se a contemplar a sua beleza combinada perfeitamente com um vestido feito à medida de tanto sex appeal ...

A mulher ri-se quando repara na expressão do homem quando este fica vidrado na sua silhueta tão oportunamente feminina e por momentos lembra-se da passagem do texto que leu naquela tarde do livro "Finalmente Atingi ..." de Sarah quando a autora dizia: "Agora sabia-o também: não é difícil excitar um homem. Foi uma coisa que aprendi a partir da altura em que os meus seios começaram a desenhar-se por baixo das t-shirts pretas que gosto de usar justas. Quando lhes penetramos os olhares, sentem-se conquistadores. O seu desejo sente o apelo.".

Quando saíram de casa, ela assumiu a liderança nos passos conjuntos e a sua presença felina transformou-a na rainha da noite ...


O homem e a mulher foram, ambos, aguilhoados por desejos bestiais e sentiam-se bem juntos, ao darem e receberem um do outro.


A mulher, algures durante a noite, chegou a falar abertamente ao homem que o sexo era uma bela aventura, mas o amor que sentia por ele transcendia o sexo, e que se tivesse que escolher entre uma coisa e outra, preferia o amor, o que é mais precioso e mais raro.

Uma conversa que durou horas, um monólogo perfeito da parte da mulher, enquanto o homem escutava-a atentamente, totalmente vidrado na sua beleza, dizendo vezes sem conta "Sim", "Sim", "Pois", "Sim", "Sim", "Claro, compreendo", ... enquanto ela lhe falava e falava, não parando para se perceber cada vez mais a si própria enquanto ele apenas lhe escutava o que sentia ...

A mulher enquanto falava começou a perceber o que queria e a sua decisão levou a que concluísse a conversa monológa com o homem tendo finalmente acrescentado ao seu diálogo: "Leva-me para nossa casa porque quero repousar nos teus braços todas as noites da minha vida!"

Viveram para sempre muito felizes ...

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