16 setembro 2007

O amor não paga dívidas mas …

… é o remédio que, por mais difíceis que sejam as condições, é capaz de restabelecer o equilíbrio, a saúde, renovar a vida, pois a vida e o amor estão ligados e, para que a vida circule, há que apelar para o amor.

A vida nasce do amor.

Para morrer basta estar vivo.

Mas o que é uma vida sem amor?

Onde existe amor, existe vida.

Onde o amor diminui, é a morte que se aproxima.

O único dom parecido com aquele ser ou momento que concede a vida é o sentimento de amor.

As pessoas não sabem retomar contacto, todas as manhãs, com o amor.

Saem de casa completamente enclausuradas no seu interior, vêem e ouvem os outros ao caminhar, mas não olham para eles, não os escutam.

Muito menos pensam que o mundo inteiro está povoado de criaturas que merecem que lhes enviem um pensamento amigo, que lhes desejem boas coisas: a luz, a paz, a alegria, o amor ...

É assim tão difícil dar o primeiro passo?

Hoje em dia, tenho a sensação de que todas as pessoas esperam sempre que sejam os outros a fazê-lo e, entretanto, lamentam-se por se sentirem sós.

Como é que se conseque mudar de atitude e não voltar a sentir a solidão ou a preencher um vazio?

Aquele que se contenta com o individualismo e o egoísmo da sua vida não sabe em que basear o seu tempo que deveria dedicar ao amor.

Tal pessoa poderia ser comparável a alguém que consegue ser hipnotizado apenas através de um único estímulo, por exemplo com o sucesso da sua vida profissional, confundindo-a com todo o tempo da sua vida.

Se eu colocasse tal pessoa sob hipnose, poderia persuadi-la, por exemplo, de que está num festim, com todos os prazeres semelhantes que poderia alcançar da sua carreira profissional.

Quando voltasse a ela, seria mesmo capaz de dizer detalhadamente qual foi o menu desse festim e declarar-me-ia muito satisfeita com tudo o que comeu e bebeu, ou seja, com tudo aquilo que alcançou com o sucesso no seu emprego ou empreendedorismo.

Contudo, provavelmente o seu estômago permaneceria vazio e, com esse regime, depressa ficaria periclitante.

Assim, a credulidade da hipótese de que uma boa vida se resume àquilo que se poderá atingir com o sucesso profissional é apenas uma forma de hipnose.

Algumas amigas minhas acreditam, contra tudo e todos, naquilo em que as fazem acreditar ou em que elas têm vontade de acreditar, e, deste modo, as suas crenças, maioritariamente derivadas de uma experiência académica iludem-nas.

Aquelas pessoas que sabem trabalhar assentes no amor saboreiam em cada dia frutos muito mais apetitosos, porque o amor é sempre o resultado de uma experiência e nunca provém do prolongamento do que nos ensinam ou incutam nas universidades ou nas empresas.

Quem é rica não pode guardar para si mesma tudo o que possui, e é obrigado a fazer concessões a si mesma.

Aquela mulher que não está consciente das suas riquezas, que passa o tempo a enumerar tudo o que lhe falta, é impelida, evidentemente, a querer mal a todas as que julga serem mais ricas do que ela, e só lhe resta atacá-las para lhes tirar ou destruir aquilo que, na sua opinião, elas têm em excesso e devia pertencer-lhe.

É sempre a pobreza material, moral ou espiritual que está na origem dos problemas.

Há infelizmente mulheres que têm tendência para pensar que, no Universo, só elas é que são verdadeiramente belas e inteligentes.

Enquanto imaginarem que são as únicas criaturas pensantes e que todo o resto do Universo não pensa, não compreende, não é sensível, não poderão fazer qualquer progresso.

Já vi tantas “carapaças” femininas tão espessas que a sua presença, luz e amor de tanto oprimidos e escondidos superficialmente não conseguem falar abertamente sobre as suas emoções.

Quando se sentem isoladas, abandonadas, as suas camadas escondidas de impurezas que formaram com os seus pensamentos interiores, os sentimentos reprimidos, os seus actos disfarçados, obstruem as vias de comunicação possíveis em determinados contextos.

Uma mulher pode esconder tudo isto na sua profissão ou com as suas colegas mas com aqueles que lhes reconhece a amizade não o deveria fazer pena sob pena de soar a falso naquilo que sente verdadeiramente.

A felicidade poderá estar ao nosso alcance, e se trabalharmos pacientemente sobre nós mesmas até nos tornarmos receptivas e sensíveis, a tal ligação será restabelecida e será nesse momento que se deverá caminhar no sentido de encontrar o amor …

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