16 maio 2007

A vida num país estrangeiro é, por vezes, difícil de entender …

Ontem, num outro país maravilhoso, um treinador de futebol recusou-se a deixar a polícia a levar o seu cão.

Este tipo de história é incrivelmente baseado em factos reais da nossa dimensão.

O treinador foi detido ontem à noite e libertado depois do pagamento de uma caução após ter discutido com a polícia por causa do seu cão, noticia hoje a imprensa.

Agentes da Polícia e dos Serviços de Saúde e Bem-Estar Animal deslocaram-se a casa do treinador, ao final da tarde de ontem, para levar o seu cão, um Yorkshire Terrier, pelo facto de o animal não ter sido vacinado quando regressou ao país em causa.

O treinador estava numa cerimónia de entrega de prémios de uma equipa de futebol e foi alertado pela mulher para a presença dos agentes em sua casa.

Ao chegar a casa por volta das 21:00 horas recusou-se a deixar que a polícia levasse o seu cão.

Um porta-voz da polícia disse que o cão tinha que ser colocado em quarentena, uma possibilidade que gerou uma discussão entre o treinador e os agentes.

Na sequência do desentendimento, segundo a polícia, “Um homem de 44 anos foi detido por obstrução à acção da polícia”.

Outras fontes dizem que o treinador foi levado para a esquadra da polícia, onde lhe foi aplicada a multa, de valor não divulgado.

Entretanto, o cão do treinador fugiu durante a discussão e está desaparecido.


Conclusões:

- O mundo do futebol e alguns factos da vida pessoal de determinadas pessoas que a ele estão ligados não têm interesse nenhum, nem contribuem nada para a nossa felicidade.

- Se o treinador fosse uma pessoa normal, muito provavelmente ninguém queria saber qual teria sido o desfecho da história, independentemente do cão, do treinador ou qualquer outro actor interveniente terem sobrevido ou não.

- Muitas das vezes arranjam-se problemas e criam-se instituições supostamente para os resolver, apenas porque tem que ser assim. É pena que o Estado crie tantos dispositivos de segurança e protecção, mas na realidade não servem para nada, a não ser para complicar a vida às pessoas.

- Este tipo de situações também não deviam envolver desnecessariamente tantos recursos, não é? Neste caso foram precisos eventualmente serviços públicos (polícia, veterinários, inspectores, etc.), meios de comunicação (jornalistas, edições de jornais, revistas, etc.), etc. para referir uma situação que só por si não melhora em nada o mundo. Será que existem interesses que levam a que a opinião pública só tome conhecimento de ninharias e se ocupe a pensar em coisas desinteressantes?

- Mesmo a ser verdade, se o cão não levou mesmo a vacina, alguém ficou comprometido na sua integridade, saúde, bem estar, qualidade de vida, ou todos continuariam a viver felizes e contentes se nada disto acontecesse?

- De coisas inutéis está o mundo cheio … provavelmente terá sido isto que o cão pensou e foi à sua vida deixando as personalidades a discutir sobre as grandes questões machistas ou feministas, legais ou ilegais, civilizadas ou atrasadas … Eu, pessoalmente, em muitas ocasiões, também adorava ter a sensatez do cão …

- Se achas-te a história divertida, hilariante, engraçada, então ... chama-me "Ò meu cãozinho! Anda cá à dona!" ...

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