17 maio 2007

O caso do anestesista.


Hoje, um anestesista espanhol apanhou 1.933 anos de prisão!

Foi condenado depois de se ter provado que tinha sido o responsável por infectar 275 pessoas com o vírus da hepatite C em quatro hospitais espanhóis diferentes, entre 1988 e 1997.

Ao todo, o médico foi acusado de 275 delitos de lesão e 4 de homicídio, que lhe valeram tal pena, apesar de o tempo máximo na prisão não dever ultrapassar os 20 anos.

Cabeu-lhe ainda compensar as vítimas com um milhão de euros.

Uma sentença que chega quase 20 anos após as primeiras infecções e 10 anos depois de se saber que um grupo de pessoas operadas em diferentes hospitais tinham contraído o vírus.

Finda a audição a mais de 600 testemunhas e depois de se ter confirmado que o especialista se injectava com opiáceos e usava a mesma agulha nos doentes, não restaram dúvidas sobre a sua culpa, o que motivou o pedido de 2214 anos de prisão.

Mas a cadeia será ela própria uma anestesia para este anestesista: Irá o deixar imóvel e adormecido, como que uma preparação para a paragem do tempo que irá lhe passar ao lado.

O feitiço virou-se contra o feiticeiro.

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